sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O espírito da Carta



Minha vida tem sido como uma grande tempestade, onde o vento que vinham do norte arrancavam, os últimos fios de esperanças. O sul mandava granizos que ao atingir meu corpo dilaceravam minha alma; os furacões vinham do leste, devastando e arruinando tudo que restava da minha vida.
Oeste seria o único rumo certo a se tomar, mais a oeste havia nuvens carregadas que cuspiam raios seguidos por trovões e relâmpagos e cada vez que um raio atingia a terra, deixava naquele lugar o rastro da morte.
Eu achava que estava protegido dentro da minha casa. Mas logo os granizos quebraram o telhado, o vento arrebentou as portas e janelas, raios abriram fendas nas paredes, tufões destruíram meu belo jardim, despedaçando minhas rosas, arrancou pela raiz meus jasmineiros, minhas orquídeas e begônias foram levadas pelos fortes ventos.
Os pássaros que moravam no ipê morreram atingidos pelos granizos, e no ar havia um perfume estranho, era uma mistura do cheiro do sangue dos pássaros e o doce cheiro de Dama da Noite, que estava toda desgalhada, mais ainda assim me oferecia o seu perfume.
Um tremor de terra vez cair o último ipê florido que ainda restava, um de de seus galhos atingiu meu gato, o matando com uma pancada certeira.
O vento trouxe para dentro da minha casa, milhares de pétalas de flores perfumadas e plumas coloridos dos mais variados pássaros, e eu passei a sentir de novo o perfume estranho, não tive medo, não me desesperei...
Plumas e pétalas voavam fazendo um doce ballet, a orquestra era regida por trovões e assovios feitos pelo vento que passava por entre as fendas das paredes; a água já molhavam meus tornozelos, minhas roupas e meus sapatos. Meu corpo machucado, porém não sentia dor; sentia minha pele sendo rasgada pelos espinhos das roseiras, minhas costas açoitadas pelos galhos, que o granizos quebrou, pequenas sementes de flores e frutas se chocaram contra meu rosto com tanta violência, que dos  meus porós vertiam sangue.
Então um estranho pensamento me assolou: "O que fiz para provocar a ira dos elementos, para que me castigassem assim ?" ... Para onde vou ? Pois tudo que eu havia construído e plantado estava destruído! Até as carpas e os cisnes do lago estavam mortos. Só meu cão ainda estava vivo, por que mandei que partisse antes da chuva, mas não sei pra onde ele se foi.
Abandonei minha casa, caminhando, logo na primeira curva da estrada, encontrei meu cão, com os olhos parados, tristes, olhando a velha casinha. Ele morreu quando voltara para me ajudar e sem a vida desse lugar, não dará mais para se viver.
A chuva está passando, o vento não sopra mais tão forte, a terra vai secar e nada nela eu irei plantar, a última lembrança que quero ter, é das rosas vermelhas, dos pássaros cantando nos Ipés cheios de cores. Meu gato tentando pegar as carpas do lago dos cisnes, meu cachorro a me fazer companhia nas tardes cheias de vida e o perfume que vinha da dama da noite, que se arrumava para sair e arrebatar amores com todas as suas cores.
A última coisa que será plantando nesse terra, será meu corpo, por isso escrevi está carta e deixo na única parede de madeira que está inteira na sala e faço um aviso a quem vir encontra-lá e ler: Não deixe ninguém aqui morar, pois esta casa deve uma única dona e ela não mais voltara, agora no interior do meu coração está sepultado ao meu lado a solidão, a dor e o amor de quem nunca foi amada.
Leandro Oliveira Jorge.

sábado, 14 de maio de 2011

(Prólogo) Estória Árvore Grande


Árvore Grande


Uma batalha por terras a  muitos anos atrás, deixara um rastro de sangue, maldições e muita sede de vingança.
A ganância dos sacerdotes da Igreja Cristã contrata os nobres cavalheiros Templários para devastar tribos e clã nômades que consideram pagãos, hereges. Lideres religiosos, que se diziam profetas iluminados por Deus, levavam medo e falavam de um Deus severo que castigavam aqueles que não o enaltecessem e não o temessem.
A sacerdotisa Selene do Povo da Floresta sobrevivia escondida, com a missão de manter viva a Religião Antiga. Vivendo numa época difícil, sem muitas terras para plantar e escondidos da "Santa Inquisição", seguiam suas origens e celebravam sua religião como podiam. Com seus cincos amigos, fiéis e seguidores, começam a saquear o reino Tellus a fim de darem de comer ao seu povo, sob o perigo de serem pegos e condenados à forca ou qualquer outra forma com apetrechos de mutilação.
Não muito distante da densa floresta, ficava o reino Tellus que fora construído em terras Celtas, regadas de sangue e suor. Banidos para longe, o inescrupuloso rei fora amaldiçoada e todo sucessor não viveria para contar muitas histórias.
E foi o que aconteceu com o último rei, Petrus, com um ataque fulminante. Na esperança de quebrar a maldição, o único filho crescera numa abadia e assim que seu pai morre, ele toma posse do reino e tornou-se assim o novo rei Alexandre. Jovial, destemido e corajoso, começa a sair para buscar respostas para o caos que vivia seu reino e sua maior indagação: Por que a Sagrada Igreja não protegia sua família e seu reino dessa "tal" maldição?


Apesar das terras férteis do reino Tellus, tudo que os camponeses plantavam e colhia, metade ia para a Igreja, a outra metade para o reino e muito pouco ao povo necessitado. Com a crescente do Cristianismo, subvertendo a fé dos cristãos a poses; uma era de pobreza, desigualdade e mortes, assolavam a todos que escondiam verdadeiramente sua origem pagã.
Audacioso, o jovem rei decidiu ficar frente a frente com o inimigo e nessa missão contava com a ajuda do velho druida Dirg, que fora anteriormente conselheiro de seu falecido pai e que a Igreja não via com bons olhos. O mesmo velho druida Dirg vivia entre o reino Tellus e o Povo da Floresta abastecendo de informações a bela sacerdotisa, Selene que busca justiça pelos seus antepassados.
Curioso, o novo rei deseja conhecer a rainha pagã do Clã do Carvalho e é o velho druida Dirg quem o ajuda, armando uma emboscada na floresta, com carruagens cheias de mantimentos. Capturada, Selene é levada em cárcere privado para o reino Tellus e sobre si pesa a acusação de roubos, mortes, blasfêmias e heresia contra a Igreja e pessoas, pois seu clã é descoberto e torna-se uma ameaça aos negócios e o poder da Santa Igreja.
O velho druida Dirg é tido como traidor, mas por amor a rainha do clã assim o faz, pois a conhecendo bem, rei Alexandre poderá mudar totalmente seu conceito do povo pagão e é o que acontece. A beleza alva da rainha encanta o destemido rei cristão, mas não se dará por vencida.


Árvore Grande é um Baobá* que poderá trazer a verdade de tantos, pois estando no meio da situação há muitos anos, fará com que no rito dos antepassados revele a história daquelas terras e uma libertação imediata é pedida.
O reino Tellus que antes acusara a rainha Selene por sua tamanha heresia se vê em meio a um emaranhado de acontecimentos sucessivos de mistérios tenebrosos. Rei Alexandre é acusado de ter pactuado com o diabo e todo um movimento é forçado para deserda-ló de seu reino e vastas terras cobiçadas. Esse então descobrira que o véu da ilusão tapava seus olhos e a verdade surge. O que 
antes era caçador vira a caça e o demônio que dizem ser horrendo, não é tão feio quanto o pintam.

Entre dois mundos que parecem “diferentes”, Rei Alexandre descobre que leva somente a um único lugar e o mesmo Deus Pagão e Deus cristão é um, quando o amor entra para curar.
Uma luta de dois, passa a ser uma só e mais importante que isso é o amor que nascera e quebrara velhas barreiras, até então intransponíveis.
Muita lama suja, fedorenta é tirada debaixo do tapete e o que parecia perdido, ganham-se novos aliados e uma linda estória é passada adiante com a mensagem de que o amor cura vence e nos move adiante.


Autora de mais um título épico: Claudete Gonçalves Nunes.
Meu e-mail/msn: detty.wicca@hotmail.com

Continuando........

*Original da África, o Baobá é uma das árvores mais antigas da terra. Conhecido nos meios científicos com o nome de Adansonia Digitata, o baobá, quando adulto, é considerada a árvore que tem o tronco mais grosso do mundo, chegando em alguns casos, a medir 20 metros de diâmetro. São árvores seculares, testemunhas vivas da história, que chegam até aos 6.000 anos de idade.
Esse colosso vegetal pode atingir trinta metros de altura e possui a capacidade de armazenar, em seu caule gigante, até 120.000 litros de água. Por tal razão é denominada "árvore garrafa". No Senegal, o baobá é sagrado, sendo utilizado como fonte de inspiração para lendas, ritos e poesias. Segundo uma antiga lenda africana, se um morto for sepultado dentro de um baobá, sua alma irá viver enquanto a planta existir. E o baobá tem uma vida muito longa: vive entre um e seis mil anos.
Uma das principais curiosidades a respeito dessa árvore tão especial é que seu tronco é oco. Muitas lendas africanas procuram explicar esse fenômeno.

O coração do baobá

No coração da África, havia uma extensa planície. E no centro dessa planície, erguia-se uma alta e frondosa árvore. Era o baobá. 
Um dia, embaixo do sol escaldante do meio-dia africano, corria pela planície um coelhinho, que, exausto, suado, quando viu o baobá, correu a abrigar-se à sua sombra. E ali, protegido pela árvore, ele se sentiu tão bem, tão reconfortado, que olhando para cima não pôde deixar de dizer: 
- Que sombra acolhedora e amiga você tem, baobá! Muito obrigado! 
O baobá, que não costumava receber palavras de agradecimento, ficou tão reconhecido, que fez balançar os seus galhos e tremular suas folhinhas, como numa dança de alegria. 
O coelho, percebendo a reação da árvore, quis aproveitar-se um pouquinho da situação e disse assim: - É, realmente sua sombra é muito boa.... Mas e esses seus frutos que eu estou vendo lá em cima? Não me parecem assim grande coisa... 
O baobá, picado no seu amor próprio, caiu na armadilha. E soltou, lá de cima de seus galhos, um belo e redondo fruto, que rolou pelo capim, perto do coelhinho. Este, mais do que depressa, farejou o fruto e o devorou, pois ele era delicioso. Saciado, voltou para a sombra da árvore, agradecendo: 
- Bem, sua sombra é muito boa, seu fruto também é da melhor qualidade. Mas... e o seu coração, baobá? Será ele doce como seu fruto ou duro e seco como sua casca? 
O baobá, ouvindo aquilo, deixou-se invadir por uma emoção que há muito tempo não sentia. Mostrar o seu coração? Ah... Como ele queria... Mas era tão difícil... Por outro lado, o coelhinho havia se mostrado tão terno, tão amigo... E assim, hesitante, hesitando, o baobá foi lentamente abrindo o seu tronco. Foi abrindo, abrindo, até formar uma fenda, por onde o coelho pôde ver, extasiado, um tesouro de moedas, pedras e joias preciosas, um tesouro magnífico, que o baobá ofereceu a seu amigo. Maravilhado, o coelho pegou algumas joias e saiu agradecendo: 
- Muito obrigado, bela árvore! Jamais vou te esquecer! 
E chegando à sua casa, encontrou sua esposa, a coelha, a quem presenteou com as joias. A coelha, mais do que depressa, enfeitou-se toda com anéis, colares e braceletes e saiu para se exibir para suas amigas. A primeira que ela encontrou foi a hiena, que, assaltada pela inveja, quis logo saber onde ela havia conseguido joias tão faiscantes. A coelha lhe disse que nada sabia, mas que fosse falar com seu marido. A hiena não perdeu tempo: foi ter com o coelho, que lhe contou o que havia acontecido. 
No dia seguinte, exatamente ao meio-dia, corria a hiena pela planície e repetia passo a passo tudo o que o coelho lhe havia contado. Foi deitar-se à sombra do baobá, elogiou-lhe a sombra, pediu-lhe um fruto, elogiou-lhe o fruto e finalmente pediu para ver-lhe o coração. 
O baobá, a quem o coelhinho na véspera havia tornado mais confiante e mais generoso, dessa vez nem hesitou. Foi abrindo o seu tronco, foi abrindo, bem devagarinho, saboreando cada minutinho de entrega. Mas a hiena, impaciente, pulou com suas garras no tronco do baobá, gritando: 
- Abra logo esse coração, eu não aguento esperar! Ande! Eu quero todo esse tesouro para mim, eu quero tudo, entendeu? 
O baobá, apavorado, fechou imediatamente o seu tronco, deixando a hiena de fora a uivar desesperada, sem conseguir pegar nenhuma joia. E por mais que ela arranhasse a árvore, ela nada conseguiu. 
A partir desse dia é que a hiena ganhou o costume de vasculhar as entranhas dos animais mortos, pensando encontrar ali algum tesouro. Mal sabe ela que esse tesouro só existe enquanto o coração é vivo e bate forte. 
Quanto ao baobá, nunca mais ele se abriu. A ferida que ele sofreu é invisível, mas dificilmente curável. O coração dos homens se parece com o do baobá. Por que ele se abre tão medrosamente quando ele se abre? Por que às vezes ele nem se abre? De que hiena será que ele se recorda? 
FIM?

sábado, 2 de abril de 2011

Numa noite escura.

Eu te esperava, sempre te esperei.

Num tempo de extrema magia, eu era uma das sacerdotisas mais poderosas da tribo. Inicie muitos no mistérios sagrado. Coroada, eu andava as densas florestas em busca de ervas no apogeu da Lua Cheia. Muitas das vezes, deitei-me sobre a relva orvalhada e contemplei o céu da Grande Mãe a brilhar. Tinha muitos amores e não me importava em seduzir. Vivíamos numa aldeia farta e dela me tornei mestra. Coração valente, defendia meu povo e se preciso fosse, lutaria empunhando uma espada em mãos. Tinha muitos amigos leais. Quando os tempos dificies chegaram, partimos para lutar por nossa liberdade e foi ai que eu te conheci.
Numa noite bem escura, sob minha capa, eu saí andar a floresta que meus pés jamais haviam sentido e cuidadosamente e com respeito, fui conhecendo seu interior. Estalos de uma fogueira, chamaram minha atenção e não resiste saber quem pernoitava por ali.
Quando meus olhos alcançaram a cena de minha curiosidade, um cavalo eu vi e deitado ao lado da fogueira você.
Observei aquela cena e feito pintura, admirei, mas com certas indagões: Quem poderia ser? Foi esse pensar que entregou minha presença, pois desequilibrei e o ruído fez com que o seu cavalo escutasse e te avisou com um relinchar. Rapidamente, com a espada ao seu lado, saltou em pé e já não havia como correr, estava acuada, em desvantagem total! Minha curiosidade me levara para a boca do leão. Trêmula, fiquei em silêncio, mas minha respiração estava tão ofegante, parecendo, que podia se ouvir ao longe. O seu cavalo estava me vendo em meio aos arbusto, meus olhos assustados presenciavam sua presença cada vez mais próximo. Eu estava paralisada. Enfrenta-ló não podia, estava desarmada. A não ser que te seduzisse e o envenenasse se preciso fosse.
Vagarosamente levantei e ao pensar em correr, você foi mais rápido e pulou sobre mim, colocando sua espada em meu peito. Eu gritei e no mesmo instante que nossos olhos se encontraram, o silêncio falou por nós. Mesmo assim, quis saber quem era eu e o meu nome te revelei, disse-lhe que estava apenas de passagem e curiosa fiquei, em saber, que pernoitava na alma da floresta. Você me levantou, e apresentou e convidou para sentarmos a beira da fogueira, que você acendeu. Era noite fria e aquele convite não pude negar. Você tinha um belo cavalo a quem parecia carregar não somente a você, mais todos seus segredos.Era um guerreiro, cavalheiro, sem uma tribo a morar. Havia perdido muito na vida e não tinha razão  de estar. Seus olhos intenso, pousaram sobre mim, querendo me desposar e foi o meu mistério que desejou desvelar. Seu nome combinava com você, era forte e determinado, mas contigo, carregavas muitas tristezas. Conhecendo-nos, conversamos muito, seu rosto me chamou atenção. Eu tinha rumo e familia e sem pensar duas vezes, te acolhi. Naquela noite, você partiu comigo e conheceu a minha vida, o meu ser. Partimos em busca de abrigo, estávamos sendo perseguidos e eu não quis me render e pela minha tribo, eu dava minha vida. Havia perdido muitos amigos, no sangue que lavou aquele tempo e ter te conhecido, foi o acalento de minhas noites mal dormidas. Você trouxe mais sentido para meu viver e contigo sentia confiança e segurança. Você honrou com suas palavras, seguiu comigo naquela jornada e decidiu ficar ao meu lado e lutar para me proteger. Na minha tribo eu era importante, conduzia os viajantes na busca  do seu ser. Você diversas vezes velou meu sono e quis entender o meu mistério, a minha magia, confiando-se a mim. Nosso elo era forte, bastava estar ao seu lado, para calma eu ter. Minha irmã não te via com bons olhos, pois também era apegada comigo e tinha medo de me perder. Você foi responsável por muitas noites eu dormir com um sorriso nos lábios, pensando em sua companhia, na alegria que em mim fazia e como ambos se conheciam sem nada precisar dizer. Era algo fora do normal, mas como tratava todos com muito amor, com você não foi diferente, porém era mais especial. Sua presença me aquecia e estremecia meu corpo e diante de tal circunstância, onde minhas pernas ficavam bambas e com seu olhar eu enaltecia, foi numa noite muita linda, de céu extremamente estrelado, que você, um convite me fez, um passeio noturno; então saímos a andar e a beira de um lago paramos e foi lá, debaixo de uma árvore, você nada disse, simplesmente me puxou em seus braços e me beijou.
Foi o beijo mais quente, envolvente, que me fez de meu corpo quase soltar. Eu não puder escapar, você foi mais forte e não resiste por muito tempo. Tomada em seus braços, achando loucura, meu corpo se aqueceu e eu fiquei amolecida e mais firme você me segurou. Pensei que fosse desmaiar, fora intenso demais. Quando se afastou de mim, eu não tinha fôlego , tão pouco palavras, você sabia que havia beijado uma sacerdotisa, tinha como rainha, a quem proteger. Eu fiquei assustada, você me deslocou, me tirou totalmente do eixo. O pouco instante de silêncio, você declarou seu amor por mim e não conseguia mais segurar; pediu tantas desculpas e eu só soube te olhar em silêncio. Jamais havia me sentido daquela forma, você despertava o meu além e o meu corpo queria sentir seu toque. Eu quis fugir, você me segurou, viu o medo através dos meus olhos e sua confiança ofereceu. Meu coração batia tão forte e acelerado e eu respirava com dificuldade, sentia-me vulnerável ao seu lado e parecia lhe pertencer. Eu pedi que me deixasse ir e corri para minha tenda sem entender, o que estava acontecendo comigo, meu corpo aquecido, lágrimas a rolar. Não conseguia dormir, saí a sua procura e adentrei sua tenda sem cerimônia e tal era o fogo que havia em meu corpo, que de minha boca, você ouviu eu dizer: __ Eu quero você! Não foi preciso repetir, nem explicar, eu me esqueci de tudo, eu deitei-me em seu leito e de mim, você me fez sua mulher. Você me beijava com intensidade, me envolveu em seus braços de forma a não  me perder e naquela noite, eu te amei profundamente, sem esperar o depois e foi nesse momento que eu parei, por que ter tido você, valeu mais que o desfecho dessa estória ( ou história), que apenas fala de amor, de muito amor, de tempos de amor, de momentos eternizados pelo amor...Passe o tempo que passar, assim será.

O tempo pode afastar, mas as lembranças são eternas e não há nada, nem ninguém que dê mim  possam tira-lás.

29/03/11

segunda-feira, 14 de março de 2011

Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei. Recomendo.


Raramente nos damos conta de que estamos cercado pelo Extraordinario! Os milagres acontecem à nossa volta, os sinais de Deus nos mostram o caminho, os anjos pedem para serem ouvidos, mas como aprendemos que existem fórmulas e regras para chegar até Deus, não damos atenção a nada disso.
Não entendemos que Ele está onde O deixam entram.
As práticas religiosas tradicionais são importantes: elas nos fazem partilhar com os outros a experiência comunitária da adoração e da oração. Mas nunca podemos esquecer que a experiência espiritual é sobretudo uma experiência prática de AMOR. E no amor não existem regras! Podemos tentar seguir manuais, controlar o coração, ter uma estratégia de comportamento, mas tudo isto é bobagem. O coração decidi e o que ele decidir é o que vale.
Todos nós já experimentamos isso na vida. Todos nós, em algum momento, já dissemos entre lágrimas: Estou sofrendo por um amor que não vale a pena! Sofremos por que achamos que damos mais do que recebemos. Sofremos por que nosso amor não é reconhecido. Sofremos por que não conseguimos impor nossas regras. SOFREMOS À TOA: Porque no amor está a semente do nosso CRESCIMENTO. Quanto mais amamos, mais próximos estamos da experiência espiritual. Os verdadeiros iluminados, com sua almas  incendiadas pelo AMOR, venciam todos os preconceitos da época. Cantavam, riam, rezavam em voz alta, dançavam, compartilhavam aquilo que São Paulo chamou de Santa Loucura. Eram alegres por que quem ama venceu o mundo, não tem medo de perder nada. O verdadeiro amor é um ato de entrega total. O monge Thomas Mertom dizia: A vida espiritual se resume em amar. Não se ama por que se quser fazer o bem, ou ajudar, ou proteger alguém. Se agirmos assim, estamos vendo o próximo como simples objeto e estamos vendo a nós mesmos como pessoas generosas e sábias. Isto nada tem a ver com o amor.
Amar é comungar com o outro e descobrir nele a centelha de Deus!


Extraído do livro

RECOMENDO!








O melhor cuidado com o amor é deixar que floresça, pois amor não se cultiva: é flor selagem, bela por ser livre.
Como as estamões do ano ela se abre, dorme e volta a perfumar a vida. Amor é dom que se recebe com ternura, para que não pareça sua delicadeza e nossa angustia.
O amor não se deve encerrrar a coisa possuída, mas sim, parapeito de janela ou cais, de onde se desprendam os revôos e partam os navios da beleza para voltar ou não, conforme amamos: nem de mais , nem de menos.

Maire Ranier Rick

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Verdade que procuravas

Não se preocupe com o tempo que parece não passar e nem se as palavras em sua boca, são vagas.
Se procura por por um ideal, você tem, pois cada sorriso é a prova de que tudo ainda não está acabado.
Quando procurar por ajuda, a terá, se de verdade a precisa, se esta procura faz parte de um trecho de sua vida.
O tempo não passa para aqueles que desviam-se de si próprio, daqueles que seguem o roteiro de um grupo, no qual segue o ritmo do passado, vivendo o presente, como se não tivesse importância o sol nascer, a lua e as estrelas no céu, esses que só olham para coisas fúteis, que procuram coisas fúteis.
Acredite que a vida proporciona escolhas, nas quais é sempre possível que saibamos escolher o melhor.
Não desistir é primordial, por que quem desiste, é covarde quem deixa os problemas afligir a vida, esquece de que viver é sublime, e que nada é fácil, com certeza, mas nada é impossível.
Nesse mundo nada é impossível, nem mesmo para aquele que quer vencer!
Se os seus problemas parecem uma grande ravina e você se sente como quem partiu e não voltou, não entregue-se e nem em pessoas e nem em coisas a salvação.
A paz é encontrada no intimo da alma, ou seja, em você mesmo. Esta é a verdade que procuravas! 


Escritora, minha irmã Ana Paula Oliveira. Inspiração concebida no dia 03/02/2007
Seu blogg em questão: http://anapaulapoeta.blogspot.com